Júri absolve acusado de atirar na cabeça de amigo.

O 2° Tribunal do Júri de Goiânia, presidido pelo juiz Antônio Fernandes de Oliveira, absolveu Augusto Rodrigues da Silva Junior pelo homicídio de Francis Braga de Oliveira. Em 30 de janeiro de 1999, por volta das 5h30, no Conjunto Itatiaia, o acusado atirou na cabeça da vítima, que não resistiu e acabou morrendo.
Segundo os autos, na noite anterior ao crime, o acusado e a vítima estavam em um bar com dois amigos. Assim que eles foram embora, Antônio e Francis decidiram ir até a casa de do acusado, onde ficaram sentados na calçada conversando. Em determinado momento, o irmão do acusado, Attila, ouviu um barulho de tiro e correu até a porta para ver o que se passava, mas foi tranquilizado pelo irmão.
Ao ouvir o segundo disparo, Attila correu até a porta e viu seu irmão chorando. O acusado alegou que o amigo tinha pego a arma e atirado na cabeça. Antônio contou ainda que, antes de atirar, Francis tinha lhe abraçado e avisado que iria se matar. No seu depoimento à polícia, o acusado contou que a vítima mostrou que a garrucha da arma estava aberta e não queria fechar, por isso tentou fechá-la batendo a coronha no chão, o que ocasionou o disparo.
A perícia técnica descartou a possibilidade da segunda versão do Acusado, pois se a vítima tivesse disparado acidentalmente a região atingida teria sido entre o tórax e abdômen e não no lado direito da cabeça. As testemunhas foram unânimes ao afirmar que não haveria nenhuma hipótese de suicídio. Outro fato não esclarecido nos autos, é que os dois estojos encontrados nos canos da garrucha não foram percutidos pela arma do crime, levando a constatar que após os disparos os cartuchos foram trocados.
Texto: Mikaelle Braga
http://www.tjgo.jus.br/bw/?p=49589
(Fonte: Tribunal de Justiça do Estado de Goiás)